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talvez, talvez, talvez. talvez seja por isto, por aquilo e por aqueloutro. talvez seja um conceito, um som, um toque, uma imagem revelada, ou apenas uma memória livre e desequilibrada. talvez seja tudo, talvez seja nada. talvez seja tanto que por ser tão pouco mexe assim. seja lá o que for, é (in) dispensável. talvez não devessem ser as certezas um objectivo inalcançável do ser humano. talvez devessemos dar mais importância àquilo que não está previamente concebido. nem certo. talvez fosse melhor arriscar. lidar com o bem. lidar com o mal. e sabermos lidar. e é aí que se torna difícil o fazer, quando não o sabemos. é facil ligar. é facil falar. é facil escrever. mas nem sempre é fácil sentir. se todos fossemos menos humanos. não sentiriamos a falta que algo faz quando apenas uma música do nada surge. quando uma imagem do nada surge. quando um pensamento do nada parece ganhar cor. quando algo parece ser tão pouco, mas que ao fim ao cabo, é TANTO, e sentimos tanta falta.