de repente, tudo passa. os problemas, os desejos, as surpresas, as paixões, as loucuras, os devaneios, as tristezas, os nervos, o stress, e tudo mais. de bom. e de mau. pensámos certo, pensamos errado. às vezes temos razão no que fazemos. noutras vezes, nem tanto. agimos mal e vimos para casa com a sensação de qe podia ter sido melhor. e que secalhar deveriamos ter dito isto ou aquilo mais. que qualquer coisa ficou por dizer... por fazer. mas porquê?! o ponto da questão é que por vezes preferimos ser perfeitos,a autênticos. e em busca da perfeição perdemos a nossa autenticidade que nos torna NÓS mesmos, aquilo que somos, aquilo que nos distingue. será tão bom, tão melhor assim sairmo nos bem em tudo?! ser o melhor na escola, ser o melhor nos jogos de computador, ser o melhor nas aulas de desporto, ser o mais inteligente, ser o mais perspicaz, ser o mais forte, ser o que mais conhece tudo, ser o que mais sabe falar sobre qualquer coisa, ser o mais falado, ser o mais conhecido, ser o mais famoso, ser o mais culto, o mais responsável, o mais honesto, o mais sincero, o mais correcto, o mais atento, o mais tudo, e ao fim ao cabo, o mais nada. que se lixem a reputações, as responsabilidades, as manias, a busca da perfeição e os fanatismos todos. somos sempre nós em todas e quaisquer alturas. naquela hora de aula, naquele minuto que entramos no metro, naquele segundo que validamos o bilhete, ou até mesmo quando pegamos o tabuleiro para almocar e nos sentamos depois. ser perfeito às vezes de nada adianta. chega a uma altura, que já não preenche, já não adianta de nada. porque depois somos isso, e somente isso. e se és perfeito, não mudas, e se não mudas continuas o mesmo, e se não evoluis, páras no tempo,e se páras no tempo, páras no mundo que é onde tu vives e tudo à tua volta continua a girar sem parar. eu cá, quero permanecer sempre autêntico.